A fratura do acetábulo é uma lesão óssea na parte da bacia que forma a articulação do quadril, chamada de acetábulo. Essas fraturas podem variar em gravidade, dependendo da força do impacto e da área afetada do acetábulo. Aqui está uma visão geral sobre a fratura de acetábulo:
![Fratura de acetábulo](https://static.wixstatic.com/media/e6ac18_1e713dedc5f4499288b5f52c7ea55f6b~mv2.jpg/v1/fill/w_125,h_140,al_c,q_80,usm_0.66_1.00_0.01,blur_2,enc_auto/e6ac18_1e713dedc5f4499288b5f52c7ea55f6b~mv2.jpg)
Causas:
• Trauma de Alta Energia: Acidentes automobilísticos, quedas de altura, colisões esportivas, entre outros.
• Trauma de Baixa Energia: Quedas simples em idosos ou pessoas com osteoporose.
• Lesões por Compressão: Pressão direta na área do quadril.
Tipos de Fratura de Acetábulo:
Existem vários sistemas de classificação para as fraturas de acetábulo, mas geralmente elas são classificadas em baseadas na localização e extensão da fratura. Alguns dos principais tipos de fraturas de acetábulo são:
1. Fratura de acetábulo anterior: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura ocorre na porção anterior do acetábulo, geralmente envolvendo a parede anterior e o recesso anterior.
2. Fratura de acetábulo posterior: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura ocorre na porção posterior do acetábulo, geralmente envolvendo a parede posterior e o recesso posterior.
3. Fratura de acetábulo transversa: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura é horizontal e atravessa o acetábulo, dividindo-o em uma porção superior e uma porção inferior.
4. Fratura de acetábulo em T: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura é vertical e atravessa o acetábulo, dividindo-o em uma porção anterior e uma porção posterior.
5. Fratura de acetábulo em coluna: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura ocorre ao longo da coluna do acetábulo, dividindo-o em uma porção anterior e uma porção posterior.
6. Fratura de acetábulo em quadrilátero: Nesse tipo de fratura, a linha de fratura ocorre no quadrilátero de Letournel, que é uma região específica do acetábulo.
É importante ressaltar que cada fratura de acetábulo é única e requer uma avaliação e tratamento adequados por parte de um profissional de saúde especializado.
Sintomas:
• Dor Severa: No quadril, virilha ou região lombar, especialmente ao mover o quadril ou apoiar o peso na perna afetada.
• Inchaço e Hematomas: Na área do quadril ou ao redor da articulação.
• Dificuldade em Movimentar o Quadril: Dificuldade ou incapacidade de mover a perna afetada, levantar-se ou caminhar.
• Deformidade Visível: Pode haver uma deformidade visível na área do quadril, especialmente em fraturas graves ou deslocadas.
Diagnóstico:
• Exame Físico: Avaliação da dor, mobilidade, estabilidade do quadril e sinais de lesões adicionais.
• Radiografias: São fundamentais para confirmar o diagnóstico, determinar a extensão e o padrão da fratura.
• Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): Podem ser necessárias para avaliar detalhes adicionais da lesão, especialmente em fraturas complexas.
Tratamento:
1. Tratamento Conservador:
• Repouso, imobilização do quadril com talas ou órteses.
• Analgésicos, anti-inflamatórios para alívio da dor e redução da inflamação.
• Fisioterapia para manutenção da mobilidade articular e prevenção de complicações.
2. Tratamento Cirúrgico:
• Redução Aberta e Fixação Interna: Realinhamento cirúrgico dos fragmentos ósseos e uso de placas, parafusos ou hastes intramedulares para estabilização.
• Artroplastia de Quadril: Substituição da articulação do quadril por uma prótese em casos graves ou em idosos com condições pré-existentes.
Recuperação e Reabilitação:
• A recuperação pode variar de algumas semanas a meses, dependendo da gravidade da fratura e do tipo de tratamento.
• Fisioterapia intensiva é frequentemente necessária para recuperar a mobilidade, fortalecer os músculos do quadril e melhorar o padrão de marcha.
• Acompanhamento médico regular é crucial para monitorar a consolidação óssea, avaliar a progressão da recuperação e prevenir complicações.
A fratura do acetábulo é uma lesão séria que requer avaliação e tratamento por profissionais de saúde especializados. O prognóstico varia conforme a gravidade da fratura, a idade do paciente, a saúde geral e a eficácia do tratamento. O tratamento precoce e adequado é fundamental para uma recuperação bem-sucedida e para evitar complicações a longo prazo.
O conteúdo acima tem intenção de informar e não substitui avaliação com um profissional médico na área de cirurgia do quadril.
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Dr Gustavo Poleto
Ortopedista e Traumatologista
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
Cirurgião de Quadril - Formado pelo IOT - Passo Fundo - RS
CREMESC: 27515
TEOT: 13561
RQE 17927